sexta-feira, maio 27, 2011

Em quem devemos votar?

Li algo extremamente interessante num  livro que saiu há pouco tempo num jornal (acho que foi no Público) chamado: Filosofia em Directo, de Desidério Murcho. E esse algo deixou-me a pensar...
Digamos que somos passageiros a bordo de um avião e que temos que escolher o piloto que o vai pilotar por votação. «Sem conhecimentos de aviação nem tempo nem disposição para os adquirir, as pessoas não poderiam votar sensatamente no melhor piloto. A probabilidade seria que não nos mais competentes, mas nos mais loquazes, nos mais bonitos ou nos mais ricos e trapaceiros que, por terem mais dinheiro, poderiam fazer melhores campanhas a seu favor. E o resultado seria que muitos mais aviões cairiam, matando muitas centenas de pessoas, do que na situação actual em que não há qualquer democracia na escolha do piloto de avião: este é imposto em função das suas credenciais, que são controladas por pessoas que sabem o que fazem, e não por um qualquer passageiro munido de um boletim de voto».

Pergunto agora: será que também não estamos a escolher os nosso 'pilotos' com base em todos esses factores? Pois, na verdade, quantos de nós estão cientes das competências dos candidatos políticos? Será que a nossa escolha é mais coerente do que a dos ignorantes passageiros?

Ficaria satisfeito com quem conseguir responder-me a esta pergunta de uma forma coerente e credível.

quinta-feira, maio 26, 2011

Falta de Princípios

 A nossa vida, a minha e a dos outros estudantes, não é feita de facilidades, assim como a de muita gente. Sim, trabalhamos muito; sim, já estamos um pouco cansados; porém, para além de todo este trabalho ser necessário para nos garantir um futuro melhor, faz-nos também ver, aprender, perceber o que nos espera lá fora. 

No entanto, acho completamente ridículo quando se tenta dar a volta a este facto adquirido. É verdade que não conseguimos ir a lado nenhum sem esforço e trabalho, é verdade que não há sucesso sem essas duas componentes. Contudo, e apesar de o esforço e o trabalho não ser grande, continuam a tentar enganar-se encontrando maneiras mais fáceis de superar os desafios que se nos deparam, evitando, pois, todo o esforço que, apesar de cansativo, é também necessário.

Repudiu (não em demasia) as pessoas que isto fazem. Primeiro porque se acham extramente espertos pelo que fazem, apesar de isto revelar apenas falta de bom senso. Em segundo lugar, porque acham que ficam a ganhar com essa desonestidade, apesar de perderem muito mais (nem imaginam o quanto), do que se fossem honestos. E em terceiro e último lugar, porque revelam ainda uma falta de príncipos e bom senso, como já referi, que apenas leva a juventude a desenvolver a crise de valores que já assola a nossa sociedade.
E sem este querer superar os desafios, e sem esta falta de força, de luta, de persistência, vejo-nos a nós, jovens, a alargar o fosso de valores em que já nos encontramos.

domingo, maio 22, 2011

José Castelo Branco - A Fraqueza de Espírito

Já lá vai tanto tempo desde a última vez que aqui escrevi. Posso mesmo afirmar: quanto mais tempo passa, mais trabalho se tem!


Fiquei hoje impressionado com a falta de escrúpulos desta mesma pessoa. Enquanto me encontrava a ver o novo programa da TVI, os Perdidos na Tribo, pelo simples facto de ser completamente ridículo, apercebi-me do quão 'fraco' José Castelo Branco é.

Antes de mais, o desrespeito dele pelos seus anfritiões é completamente ridículo. A sua falta de carácter é colossal. Para além disso, viu-se envolvido numa cena em que tinha que acartar um balde com água na cabeça. A sua fraqueza, neste caso física, levou-o a desistir antes de chegar ao seu destino. A 'birra' que fez por não querer continuar a carregar o balde levou-o a ser forçado a fazê-lo o que, consequentemente, levou-o a deitar o balde de água que carregava ao chão. E isto, mesmo parecendo pouco, impressionou-me. Encontrava-se na Etiópia; o calor lá é abrasador; a falta de água potável é um dos grandes problemas que assola as populações que vivem naquela região. No entanto, teve a coragem, se é que se pode chamar de coragem, de desperdiçar o bem mais precioso para toda aquela gente, pelo simples facto de ser fraco - tanto de estatura como de alma.

Para agravar mais a sua situação e imagem, ainda se viu envolvido noutra cena reveladora. Quando tinha que marcar as vacas da sua tribo, golpeando-lhes a orelha (mas não cortando-a), assegurou que não o faria porque não gostava de fazer mal aos animais. Todavia, e irremediavelmente, lá acabou por fazê-lo. Contudo, em vez de apenas golpear a orelha do animal, acabou por lhe cortar a ponta. Deu por si com a ponta da orelha da vaca na mão e desatou a gritar, mantendo o pedaço da orelha na sua mão. Quando acabou de gritar, benzeu-se disse um ou dois 'Ai, meu Deus!' e acabou por declarar 'Já tenho um troféu!', colocando, seguidamente, o pedaço da orelha da pobre vaca à frente tanto do seu peito, como do pulso como de outros lugares onde o pudesse usar como enfeito, chegando mesmo a afirmar 'Dava um bonito colar'.

Isto apenas demonstra a falta de princípios deste mesmo ser. O seu carácter abalou-me e, por mais que seja contra a violência e contra o desprezo e todas essas coisas, uma pessoa como ele é que não faz falta nenhuma nem a Portugal nem ao mundo. O problema é que, como ele, há muitos!