Como é bom sentirmo-nos livres! E então agora! Para mim, é isso que o Verão representa: liberdade. Liberdade para me dedicar ao que gosto, ao que me interessa. Liberdade para passar tempo com os meus amigos; liberdade para ir ao cinema; liberdade para ir passear sem motivo aparente (apesar de não o fazer).
Contudo, Jean Paul Sartre dizia: "Ser-se livre não é fazer-se aquilo que se quer, mas querer-se aquilo que se pode". Bem, se eu posso passar o meu tempo a ajudar os outros, o que, para além do mais, é algo que gosto de fazer, porque não hei-de fazê-lo? Não quero desperdiçar o meu Verão e as minhas férias. Não quero ficar enfiado em casa em frente a um ecrã, deitado no sofá, preso a uma desvirtuosa monotonia. Quero sair à rua, inspirar o ar puro, bem fundo, e pensar: "Boa. Hoje só tenho que obedecer às minhas próprias leis".
Não quero ser livre para poder dedicar a minha vida a uma felicidade ilusória, apesar de, por vezes, ser muito tentadora. Nem é assim que vejo a liberdade. Liberdade não é não fazer nada. Liberdade não é fazer o que nos apetece, aquilo que gostamos. Liberdade é gostar daquilo que fazemos. (“A sabedoria da vida não consiste em fazer aquilo que se gosta, mas em gostar do que se faz.” Leonardo Da Vinci).
Agora somos livres, durante este curto período de férias. Mas não se preocupem. Também o poderão ser durante o tempo de aulas ou até mesmo a trabalhar. Apenas têm que abraçar o que fazem com toda a força que têm e, a partir daí, verão tudo com outros olhos.
Boas férias!