terça-feira, abril 27, 2010

Dilema moral



Estavas numa aula de Português, a ler um texto.

Enquanto o fazias, muito concentradamente, ouves um grande estrondo para lá da porta da sala. Tu interrompes a tua leitura mas a professora pede-te para continuares, e tu obedeces.

Continuas a ouvir barulhos mas, mesmo assim, continuas a ler. Passado um pouco, entra um rapaz armado, de 20 e poucos anos, pela sala a dentro. Não pensa duas vezes e atira numa rapariga, que cai no chão, morta e a escorrer sangue. Forma-se um grande poça de sangue no chão, e tu ficas com medo.

Tentas não fazer barulho para o rapaz não reparar em ti. Porém, deixas cair algo. O rapaz ouve e olha-te com um olhos negros cheios de ódio e raiva. Tu dizes desesperadamente: "Não me mate...". Ele dá uma gargalhada e responde-te: "Muito bem. Eu não te mato. Em vez disso vais ter que escolher entre estas duas hipóteses: ou matas essa rapariga (apontou para uma colega tua, com a qual te davas bem) ou eu mato o resto da turma. Que me dizes?"

O que é que vocês responderiam? Matariam a pobre rapariga para salvar o resto da turma ou nada fariam e deixariam o rapaz massacrar todos os vossos colegas?

(Adaptação de um excerto do livro O Dia Em Que Sócrates Vestiu Jeans)

9 comentários:

  1. lá vem as complicações! eheheh
    que pergunta tão chata cuja resposta vai ser estranha.
    Matava-a! E custa dizer isto, pois eu na altura não saberia o que responder ao homem! xD
    Mas talvez a matasse... =/
    Apesar de não gostar da minha turma.. LOLOL

    E tu, que fazias?

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  2. Bem, eu, tirando o facto de gostar ou não da minha turma, ou seja, analisando o caso com imparcialidade, não sei! Ainda não encontrei resposta para o problema!

    Por mais que a minha intenção fosse a de fazer a maioria de pessoas felizes, nunca conseguiria matar. Mas, na verdade, também não conseguiria ver os meus colegas serem mortos, tanto pelo facto de não conseguir matar a rapariga como pelo de facto de eu estar a executar uma lei moral, que é a de não matar, em quaisquer circunstâncias que já está foi interiorizada em mim.

    Não me voltes a fazer essa pergunta! =S

    xD

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  3. E se a pessoa que tivessem que matar fosse a pessoa que vocês amassem?

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  4. Para mim uma das melhores partes do livro sem duvida alguma. Na altura quando li não soube o que faria se alguma vez tivesse nessa situação e continuo sem saber. Salvar alguém que amamos e deixar muitas pessoas morrer no lugar dela, ou matar essa pessoa e salvar muitas outras?

    Não consigo escolher. Qualquer fosse a escolha estaria a matar alguem, directa ou indirectamente, nao importa. Era a minha escolha que decidia quem ia morrer. Agora, o que era menos mau, morrer uma pessoa ou um grupo de pessoas? Se formos a ver assim, morrer uma pessoa claro. Mas o que é que nos custava mais, que essa pessoa morresse, ou que morressem as outras pessoas todas que nao nos dizem grande coisa? Se morresse a pessoa que amamos. Então para tomar uma decisão teriamos que optar entre a nossa felicidade e a felicidade dos outros. Será que alguem consegue ser altruísto o suficiente ao ponto de escolher matar a pessoa que ama, sabendo a dor que isso lhe vai causar, para dar felicidade aos outros? Não sei. Eu não sei se seria capaz, mas se não fosse ia ficar com remorsos para o resto da vida por ter sido responsavel pela morte de tantas pessoas.

    Enfim, não dá para dar uma resposta a isto, mas foi uma coisa que me fez pensar. Obrigada Lucy Eyre! xD Haha

    Carolina M.

    (se tem erros paciência, não me apetece reler x) )

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  5. Bernardo,
    Eu provavelmente pediria ao tal rapaz para me matar a mim. Nunca conseguiria matar alguém, muito menos alguém que me era querido. E não conseguiria lidar com o facto de ele matar o resto da turma. Mas a cima de tudo, não sei!

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  6. Acho que antes de partirmos para as as decisões que nos são propostas devíamos analisar outras opções. É sem dúvida um dilema, mas quem sou eu para decidir quem morre? Sou eu que marco o destino dessas pessoas? Talvez, mas se pensar com racionalidade, porque afinal o destino é uma consequência dos nossos actos e por isso, talvez tivesse uma conversa calma com o rapaz e tentasse de alguma forma usar o poder psicológico para o fazer mudar de ideias, mostrar que o compreendo e que qualquer que seja a razão que o levou a tomar a decisão de tirar a vida a pessoas, que o compreendía e talvez, desta forma tivéssemos uma resposta opção diferente do que apenas as duas propostas inicias! Se pensarem bem, o que perdíamos se o fizéssemos?

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  7. Opinião muito pertinente, a meu ver. No entanto, a possibilidade de podermos fazer qualquer coisa para além das duas opções apresentadas foi excluída, para tornar a resposta menos subjectiva e mais directa.

    É óbvio que numa situação real nunca teriamos apenas essas duas opções e poderiamos sempre pensar em centenas de coisas que nos livrassem de tomar uma decisão tão díficil. No entanto, e hipoteticamente, o que farias se não tivesses outra opção?

    Obrigado pelo comentário =)

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  8. muito ruim post fraco feio e horroroso !

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